A emoção tomou conta da equipe da Maternidade do HSA às 19h22min do último domingo de fevereiro (28), quando aconteceu o primeiro Parto de Cócoras na instituição.
A paciente Franciele Silva de Jesus guiada pelas mãos da médica ginecologista Dra. Cintya Boligon, com apoio da equipe da maternidade e da amiga Maura Zanini, deu à luz a Noah, pesando 3,335Kg, que foi recebido pelo pediatra Dr. Daniel Santos de Araújo.
“Foi um momento indescritível, lindo demais!”, relatou a técnica em enfermagem Tamara Cara, que é amiga da paciente. A enfermeira obstétrica Valdiani Mezzomo Pozzer afirmou que “poder participar de um parto sem o uso de métodos invasivos para alívio da dor, onde a mãe tem a liberdade nos movimentos na hora do nascimento da criança e a sua recuperação é imediata, é gratificante para toda a equipe! Franciele e Noah, que já estão em casa, receberam a atenção e o carinho para que esse se tornasse um momento especial, inesquecível para todos!”, completou.
Dra. Cintya reforça que “o parto normal é unânime quanto a seus benefícios para a mãe e para a criança, devendo ser amplamente estimulado e desmistificado para todos que por ventura tenham alguma dúvida. Muito se discute acerca das posições e manobras realizadas durante o período expulsivo, aquele no qual precede o nascimento. Alguns estudos sugerem que o uso de posições mais verticalizadas, como o parto de cócoras, que estão associadas a períodos expulsivos mais rápidos e menos dolorosos. Este momento deve ser de ampla liberdade para a mãe, informando-a sobre todas as posições e métodos empregados para melhor condução, permitindo que tomem decisões sobre as posições de parto e assumam aquela que desejarem”, completou.
O parto de cócoras acontece da mesma forma que o natural, o que diferencia é a posição da mãe, que fica de cócoras, em vez da posição ginecológica usual. Devido à ação da gravidade, torna-se mais rápido e mais cômodo para a mamãe, além de ser mais saudável para o bebê, uma vez que nesta posição não ocorre a compressão de importantes vasos sanguíneos, como que acontece com a mulher deitada de costas.
Esse tipo de parto é indicado quando o bebê encontra-se em posição cefálica (de cabeça para baixo) e quando a gravidez da mãe tenha sido saudável e ela não tenha apresentado problemas na pressão arterial durante a gestação.
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